Lidl, o lado oculto

Ao longo dos anos o Homem sempre teve a tendência inata para ultrapassar os limites da lei.
Desde Adão que passou o seu corta-relvas em jardim alheio até ao senhor com toque de Midas que soprou num certo apito no calor da noite.

Mas desde cedo foi concebido um sistema para punir os prevaricadores pelas suas práticas ilícitas.

Esse sistema é o encarceramento.

Desde dos inícios dos tempos que este sistema tem sido utilizado e constantemente optimizado.
Porém até hoje ainda ninguém foi capaz de idealizar a prisão inexpugnável…

Ou será que foi e apenas não sabe?

(flashback com melodia desoladora…)

Alemanha pós-WWI, as pessoas tinham fome, muita fome…
E um génio, de sua graça Josef Schwarz, teve uma brilhante epifania…

“Esperem lá… Se a malta tem fome, isto dava jeito era haver uns supermercados para comprarmos uns cereais manhosos ou daqueles canelones congelados… Scheisse, é mesmo isso!”

(tradução www.equipa-lost.com.br)

E se bem o disse, melhor o fez.
Ergueu quatro paredes (para o telhado não havia pressa) e contratou 2 empregados portugueses para se revezarem (enquanto um trabalhava ou o outro trabalhava muito, e depois trocavam) contudo faltava um nome apelativo…

Acabou por decidir fazer um pequeno tributo ao professor que o iniciou nas belas artes dos trabalhos manuais a dois em ambientes sanitários escolares, o professor Lidl.

O que o jovem Schwarz não fazia ideia é que estava a construir a prisão mais inviolável de todos tempos.

(Fim de flashback com melodia apoteótica)

Mas afinal o que distingue assim tanto o Lidl dos demais supermercados ao ponto de ser considerado uma prisão?

É simples…
Já repararam que no Lidl não existe saída sem compras?

Ou seja, quem entrar lá sem dinheiro só para contar quantos ursinhos existem num pacote de gomas haribo está tramado, já não sai!

Por isso é que o Lidl pratica preços tão acessíveis, pois não tem que remunerar os seus colaboradores pois estes não passam de contadores de gomas que estão a pagar a sua dívida à casa.

Agora imaginem se o Schwarz, o visionário tivesse nascido uns séculos mais cedo…

Dédalo não teria perdido anos de vida a construir a sua prisão-labirinto. Bastaria ter roubado a carteira ao Minotauro e dizer-lhe:

“Ouve lá, oh Bocas, não queres dar um saltito ao Lidl e comprar-me uma embalagem de cera para as asas do meu filho?”

(tradução www.equipa-lost.com.br)

(Assim sempre que apanhamos aquele empregado antipático e lhe chamamos em surdina “Seu cornudo…” estaríamos apenas uma constatação fisicamente fiel e não a ser simplesmente mal-educados.)

À luz desta descoberta a FOX está a pensar mudar o nome da sua mega-série para Lidl Break.

A estória dum jovem que se infiltra no Lidl para tentar salvar o seu irmão do terrível destino de trabalhar uma semana como repositor de prateleiras na secção dos artigos de higiene.

Para isso, resolve tatuar no seu corpo a planta do Lidl. Desde das secções da fruta e legumes na caixa torácica até à secção das esfregonas vileda na zona púbica.


Por isso, tenham imenso cuidado quando entrarem num Lidl…

E um conselho, tendo em conta a realidade prisional, se por acaso lá deixarem cair um sabonete ao chão…
Deixam-no ficar…