CO2 96.8 Farenheit

"Technology is dominated by two types of people:
Those who understand what they do not manage and those who manage what they do not understand."

Putt's Law

Quantas vezes já não ouvimos a frase "A tecnologia é nossa amiga"?

Nenhuma, mas de facto, a tecnologia é mesmo uma boa amiga, não daquelas que usam fato de cabedal preto justinho e gostam de te espancar com um aipo molhado, mas não obstante uma boa amiga sem dúvida...

Um dos muitos frutos da tecnologia é o microchip.
Os microchips são conjuntos de circuitos electrónicos que combinados com grande precisão servem um determinado objectivo.

Imaginemos que um microchip entra em mau funcionamento...
Devido a ser constituído por elementos relativamente baratos e ter dimensões muito reduzidas, geralmente não se tenta salvar a sua existência mas sim substituir por um semelhante funcional, um pouco à imagem do que a TVI faz com os seus conteúdos de entretenimento...

Porém, uma "raça" teima em contrariar esta doutrina... os funcionários da CP.
O passe Lisboa Viva contém um microchip que permite a validação do título, o acesso ao metro e gravar 5 mp3 do último álbum do Gilyto (headphones não incluídos).
E os ditos microchips digamos que têm uma tendência natural para estagnar e nunca mais dar sinal de vida, é o chamado microchip Mário Soares.

A instituição CP tendo conhecimento de tal facto procede à sua substituição sem qualquer tipo de encargos adicionais para o utente.
Contudo, os seus funcionários pensam de maneira diferente...
Estes senhores pensam que têm um método para reparar esses malvados microchips defeituosos, algo que nem os próprios fabricantes se lembrariam que seria possível.

Esse método consiste em expelir grandes lufadas de ar quente dos pulmões directamente para o microchip e depois eliminar o vapor criado na superfície na impecavelmente limpa manga da camisa do seu uniforme CP.

Eu considero-me um privilegiado pois já assisti in loco a este grandioso espectáculo 3 vezes, porém estranhamente em nenhuma das ocasiões funcionou...
Mas julgando pela cara de admiração dos empregados quando a bafarada não resulta, podemos concluir que o método já funcionou noutras ocasiões!

Mas talvez tenha apanhado os empregados após a mítica pausa para o cigarrinho e o ar contaminado com nicotina e alcatrão não consiga reavivar circuitos electrónicos...

Talvez...