O Eco da Doninha

Este e-space foi criado com o intuito de mostrar de como as pequenas coisas insignificantes podem encerrar verdades ainda mais insignificantes. Isto é um eco, pois qualquer resposta dada não tem mais qualidade que a pergunta feita.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Mais vale comprar novo...

Como não me canso de referir, vivemos tempos de crise...
Mas é uma crise estranha...

Todos notamos um agravamento, pesado, no preço dos bens consumíveis tipo pão, sumos, beringelas e até, as salsichas Ala-Riba.

O estranho é que se os preços dos artigos consumíveis disparam em flecha, os dos não-consumíveis decrescem a olhos vistos.
Falo de artigos como computadores, televisões, rádios e até, as salsichas Ala-Riba...

Bem, mas como dizia a minha avó:

"Olá meu netinho.",

bem como TAMBÉM dizia a minha avó:


"Ninguém dá nada a ninguém!!!"

Ora se ninguém dá nada a ninguém, onde é que os fabricantes destes artigos obtêm os seus lucros?
A resposta é muito simples, nos acessórios do dito artigo.
Nos dias que correm se um acessório do artigo falha/acaba sai quase mais barato comprar um artigo novo, ora vejamos:

TV: 59 euros Telecomando: 42 euros
Rádio AM/FM: 6 euros Pilhas: 5 euros
Impressora: 30 euros Tinteiro: 30 euros...

Cai assim por terra, o nosso sonho de que provavelmente haveria algo onde não fossemos financeiramente explorados.
Porém, este cenário abre-nos uma janela para um admirável mundo novo repleto de oportunidades...

Bem, se esta filosofia do "Mais vale comprar novo" singrar podemos revertê-la a nosso favor noutras situações...
Vou mostrar-vos aqui um pequeno exemplo adaptado à realidade masculina, mas seria igualmente fácil transpô-lo para a feminina

.Por exemplo, se a vossa companheira apresentar um queixume do género:

"Querido, parti uma unha, fico horrorosa!!!"

Foi a deixa necessária para vocês ficarem na moda e seguirem a filosofia do "Mais vale comprar novo"...

"Que pena, querida. Mas, infelizmente, ao preço a que está a manicure, prefiro arranjar uma mulher nova".

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Santa's Sneaky Side-kicks

Estamos a aproximar-nos de uma data marcante, não só pelo Natal mas também pelo aniversário da tragédia do tsunami que assolou alguns países asiáticos no ano transacto.

Pois, meus amigos, este ano o tsunami é outro.
Este ano o tsunami é provocado pela onda de crise económica que sobre nós se abateu...

A crise afecta tudo e todos, e recentemente atingiu o sítio onde ninguem pensava que tal seria possível.
Exactamente, o tsunami da crise atingiu a Lapónia!!!
Aquele senhor bonacheirão que lá habita e que nos trás prendas na véspera natalícia,viu recentemente o seu stock de prendas esgotado!

Porém, sendo este senhor o ser altruísta e extraordinário que é, e também devido a ter um certo receio que o pequeno facto de haver um natal sem prendas pese contra si no caso que se arrasta pelos tribunais (o célebre "Pai Natal ou Menino Jesus?"), encontrou a solução para este problema gravíssimo...

Como já devem ter reparado, têm aparecido recentemente umas pequenas criaturas vestidas de Pai Natal a trepar as varandas as nossas casas ao bom estilo de Ársène Lupin.

Bem, na minha óptica, estas criaturas não passam de ajudantes do Pai Natal, mas contrariamente ao que seria expectável estas criaturas não andam a distribuir prendas, mas sim a roubar as que alguns pais já compraram podendo assim refazer o stock do seu patrono, o Pai "King Pin" Natal.

Esta teoria é facilmente comprovável lendo o livro escrito pelo próprio Sr. Claus:

"How to be a good Santa for Dummies" (disponível na Bertrand).

No capítulo IV, artigo 17 do supracitado livro está explicitamente escrito:

"1 - Entrega de Prendas: Entrada feita pela chaminé."
"2 - Roubo de Prendas: Entrada feita pela varanda."

Até aqui tudo bem, é um plano como outro qualquer, a questão preocupante é:

Onde é que o Pai Natal encontrou estas criaturas?

Claramente não serão os duendes pois estes já à muito que abandonaram a oficina devido a ordenados em atraso , juntando-se assim a outras criaturas de uniforme verde na mesma situação, os jogadores do Vitória de Setúbal.

A resposta para esta pergunta é muito simples, estas criaturas não passam de pequenos paquistaneses que o Pai Natal recrutou nas suas últimas férias de verão.

O problema é que o Pai Natal recrutou os paquistaneses na fábrica na Nike, eram os que cosiam a bola XLR-23-D com linha amarela e também os que trabalhavam nas máquinas ATM, por que como toda a gente sabe, sempre que vamos levantar dinheiro é um pequeno paquistanês que está do outro lado como o maço de notas na mãos para nos entregar.

Como é óbvio esta afronta irá desencadear uma guerra sem precedentes entre o país destes 2 colossos industriais, os EUA, e esse pequeno país exportador de prendas, a Lapónia.

Do discurso do próprio presidente dos EUA ficam as frases mais incisivas em relação ao assunto:

"Ele (Pai Natal) bem pode esconder-se nos bunkers gelados da Lapónia, mas quando for encontrado não teremos qualquer compaixão pelas suas barbas brancas."

"Nós sabemos que ele está a mentir. A Lapónia tem pequenos paquistaneses escondidos e nós iremos encontrá-los!"

Por isso, evite uma nova guerra mundial, afaste essas criaturas da sua varanda...